segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Uma ponte... Uma única imagem.

 
Uma ponte formou-se,
O vento a quebrou...
Por minhas mãos, as cordas escaparam...


A culpa, mais uma vez voltou a me corroer.
Mas eu realmente a tive?
Eu realmente preciso me martirizar?
Eu tentei segurá-la...
Tentei ser forte...
Por um momento,
Ela estava firme...
Mas algo a fez quebrar.


Feito papel...
Ela não durou.
A chuva e o vento,
A fez novamente desabar.


Mas sempre estive lá.
Segurei suas cordas,
Voltei a amarrá-la firmemente.
Recoloquei cada pedaço solto...
Cada prego no lugar...
Mas de nada adiantou.


Me parecia tão viril...
Forte...
Decidida a ficar firme...
É certo que me enganei...


Na primeira brisa,
Ela se desfez.


Não pude mais segurá-la...
Não pude mais concertá-la...


Talvez eu não mais quisesse,
Por saber que de nada adiantaria.


Para sempre ela seria, como ela escreveu ser...
Fraca... 
Sempre tão fraca...

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