quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ultimo dos não clones.

Era como se o mundo nos abraçasse de forma cruel, sufocando-nos em seu peito farto e cheio de calos.
 Sentia suas mágoas e ela me atormentavam e não me deixavam dormir.
 Eu sentia um frio cujo não conseguia explicar

 E olhava para o céu tendo a impressão de que o sol não mais apareceria.
 

E a escassez de alegria agora faz parte do meu eu.
Me vejo como o palhaço que não mais sorri e vê a máscara não mais fazer efeito.

É essa a humanidade de que tanto tenho medo.
A mesma que me fez ver que o mundo já não é o melhor lugar do mundo.
Meus contos de fadas não mais fazem sentido.
Sereias transformadas em tubarões famintos, devorando sonhos e almas ainda intocadas pelo destino cruel.



 Palavras que não mais tem a intenção de tocar... Elas não tocam mais... Não fazem sentir... Fazem chorar e urrar.
 O bom e velho amor, agora me parece tão... Brega... Ou como diria nosso rei " Tão... Demodê".


Sou a criança que pede por carinho... 
Que pede por uma mão que me afague....
Já não sou mais um anjo divino.


Sou o que chamariam de doença da sociedade.
Deslocada para longe do rebanho cego.
Para longe do "povo marcado... Povo feliz".



 Eis que sou a ultima.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

----- Singular - O lobo de si mesmo ------

~~ Singular  ~~

Erga-se,
E veja o quão esplendorosa
É voz que ressoa no horizonte.
Vista como louca,
Ou como meras palavras
Ouvidas,
Mas pouco compreendidas.
Onde um grito interior emana
fazendo ressoar um desejo incontrolável,
de ser ouvido.


Eleve-se,
Entrega-te ao destino
que tuas próprias mãos escrevem,
Enquanto o coração pulsa
E a alma se revela.


Sinta as mãos calejadas do mundo
que a ti,
muitas vezes irão ferir
Mas esperando o oportuno
para afagar e exaltar
O que tens a mostrar.


Sinta-se,
Um filho da terra,
E se faça enxergar
Diante de cegos.

              Comdesse de Rêve - Le Corbeau.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Um dia no abismo...

Um dia no abismo.

Sempre sonhei em levantar as mãos e tocar os céus. Voar por entre nuvens e sentir meu corpo leve.
Isso jamais aconteceu.
Estou preso em meio a mundo de cegos... Um mundo de lobos famintos onde não admitem quem realmente são, enquanto eu pareço ser a próxima refeição.
Vejo o céu escurecer e o mundo simplesmente cair. Vejo minha vida fugir das mãos, mas não a alcanço, enquanto meu medo parece crescer sugando minha alma, para um abismo infinito, devorando meus desejos, devorando tudo o que realmente há de melhor.
E então eu fecho os olhos. Pressinto o pior e vejo o sangue escorrer pela Têmpora. Vejam só... Era uma arma em minhas mãos e agora sua bala está alojada a dois dedos no cérebro.
Não posso voltar a abri-los... É tarde demais e vejo que a morte me alcançou... Deixei que viesse e me carregasse nos braços.
Finalmente posso levantar os braços e voar junto às nuvens. Meu corpo está leve. Minha alma está livre.

                         

Entre Cegos....

Entre cegos...

Posso ver os pássaros, mas não os ouço cantar. Não vejo o mesmo brilho e não sinto o calor do sol. Tudo está tão frio e meu queixo não para de tremer.
A pele se arrepia e as lágrimas correm sem nem ao menos eu saber o por que.
Eles, feito lobos famintos, devoram mulheres e crianças, com brinquedos descartáveis e eu as vejo chorar e sangrar.
Por Deus... Eles andam sobre duas patas e tem diplomas... Falam francês, russo... Alemão. Espancam e matam...
Onde estou?
Acho que é apenas um sonho... Um sonho ruim que logo terminará...
Eles não me vêem... Não querem me ver... Não querem sentir...
Volto a me ajoelhar e juntar as mãos em uma prece, de ajuda... Por Deus, livrai-nos de todo o mal. Por Deus... Livrai-nos do nosso próprio pecado. Livrai-nos do inferno...
Não mais roubarei... Não mais estuprarei... Sei que meu Deus não irá gostar e jogará vossa ira sobre meus ombros, causando a destruição do que chamo de alma.
Então agora peço perdão, por meus pecados e por de meus irmãos.
O senhor é bom... Vai acalmar as almas que libertei. Ira nos perdoar... O Senhor é bom.

                            

Eterno abutre

Eterno abutre

Enterro seu corpo agora... Uma parte de mim irá com ele. O pouco que me resta não passa de farsa...
Um dia fui feliz? Me pergunto o tempo todo desde que você se foi... Desde que a tampa do caixão fechou e a terra e os vermes, começaram aos poucos engolir o seu corpo, antes marcado por mim.
Ainda sinto o cheiro do sangue e vejo os arranhões das paredes. Você não queria não é querida? Mas eu lhe mostrei que também poderia satisfazê-la e sentir o que a de melhor... Mas você não sentiu e seus gritos me enlouqueciam.
Qual era o problema? Só queria penetrá-la e ouvi-la gemer durante parte da noite. Ora... Porque não se comportou, meu amor? Era só ter sido boazinha. Bem que seus pais lhe avisaram, mas flores e promessas de amor sempre resolviam nossos problemas.
A levei para jantar, enquanto você escondia o roxo, perto dos olhos com sua maquiagem clara. Era meu anjo... Sempre muito boa com desculpas... Ótima idéia de dizer que havia se acidentado na quina da mesa...
Mas o que me restou agora? Apenas as peças de roupas cujo fiz questão de guardar em uma caixa, enquanto relembrava nossas noites...
Ainda a ouço gritar... Mas entenda... Não posso simplesmente parar. Assim sou eu, apenas um instrumento divino.


               

sábado, 24 de abril de 2010


~~ Eu estou procurando pela resposta...~~ ( W.T )


Me vejo cercada por desejos e experiências que não compreendo,
Enquanto o mundo parece evoluir,
Algo me parte ao meio
E não me permite dizer se o meu certo é realmente certo,
Ou não.


~~ Está em seus olhos, o que esta em sua mente... ~~ ( W.T )


E então dois espelhos me invadem...
Mostram um abismo que desconheço,
Uma alma que me permite a aventura,
Mas segura minha mão
Juntos ao desconhecido.


~~ Eu vejo a verdade que você tinha enterrado por dentro... ~~ ( W.T )


E agora eu posso vê-lo,
Vejo suas dores e costumo senti-las...
Meu coração chora
e meu peito grita...


Se algo o aflige,
Parece que aos poucos me corroe da mesma maneira.




~~ Eu tenhu que correr, ou me esconder de você?...~~ ( W.T )


E então um sorriso, algo doce que logo de começo me encantou.

Fechei os olhos e me deixar levar.
O coração pulsava e a respiração se  ofegava,
Tinha meus medos,
Mas não sabia se deveria ouvi-los.


Sempre soube que não...
Ouvia os sussurros, que me diziam para seguir em frente,
Sempre me dizendo que eu não me arrependeria.


Estavam certos. O tempo todo.


~~ Derramei uma lágrima, porque estou sentindo sua falta... ~~ ( GunS N' Roses )


E por fim tudo caiu em minhas mãos...
Tenho o sorriso que tanto quis,
O beijos que tanto sonhei..
O amor que tanto desejei...


E por mais que a saudades me machuque,
Ele sempre está lá... A minha espera...
Enquanto eu suspiro e encho de sonhos,
Minha cabeça...
E amor meu coração...
Antes tão insignificante,
Agora um presente a ele...


Por fim volto a dizer...
Não me importa o quanto lágrimas caiam...
Ou o quanto o presente parece ruim...
Ele sempre estará aqui...
Preso junto ao pulsar de um coração,
Antes vazio... Mas que agora se entrega
Sem que eu precise fechar os olhos...


                              Marco... Sei que não é o bastante... E que poucas palavras, não descrevem o que sinto... Mas é por você que vivo e por você que volto a fechar os olhos e a encarar o desconhecido.


                                                             Amo você...
                            
                                                                                    Andy Marx... ( A sua eterna coelhinha )



segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pensar, agir ou sonhar?

O peito pulsa e lágrimas caem. 
Talvez o medo volte a me consumir por completa, mesmo sem eu ter um motivo aparente.
Talvez eu não saiba para onde correr, ou à quem pedir socorro, quando o caos mais uma vez aflorar.


Mesmo que um sorriso, volte-se a mim com alegria,
Eu posso não saber como retribuir.


Devo então fechar os olhos,
Ou simplesmente fingir?


Encarar cada situação de forma unica,
Ou mentir sobre meu entendimento?


Estender as mãos para um anjo amigo,
Ou me obrigar a me fechar mais uma vez em um mundo onde não há brilho?


Penso...


Mas chego a conclusão de que não sei quem sou.

                      

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A estrela

Antes de tudo a minha noite era fria 
Como todas que vivi.
A lua era linda mas não tinha sentido
as estrelas eram brilhantes mas todas eram iguais.


Aquela noite me abateu durante anos
Toda vez via uma lua
A seguia e adorava , mas não amava...
Ficava cego de novo na noite.


Então surgiu uma estrela a brilhar
Se libertar
Mostrar seu brilho que tanto escondeu.
Mais forte que as outras e mais fascinante que a lua.


Meu fascinio foi crescendo
E quando me deparei 
A amava.


Deveria me apaixonar pela lua
mas a estrela que me apaixonei
é a mais distante e brilhante 
maior que o sol.
Que ilumina meu caminho e acendeu a chama que um dia se apagou na escuridão


Eu amo você minha estrela mais preciosa...


Marco Antonio

sábado, 3 de abril de 2010

E quando um sonho parece não mais acabar?

... Você apenas fecha os olhos e torce para que ele continue...

... Saber que posso ter todos os dias os olhos e o sorriso doce que me encantam, ou cada toque que faz a pele arrepiar-se, é o mesmo que sentir como se cada dia fosse o ultimo.
Um simples momento, que se comemora a cada dia por ter acontecido. 
Posso apenas te culpar por estar tão feliz. Por ver um sorriso brotar, pelo menor desejo de te ver, ou por ouvir sua voz.

Amo você, Monstrinho... 

                   

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Uma ponte... Uma única imagem.

 
Uma ponte formou-se,
O vento a quebrou...
Por minhas mãos, as cordas escaparam...


A culpa, mais uma vez voltou a me corroer.
Mas eu realmente a tive?
Eu realmente preciso me martirizar?
Eu tentei segurá-la...
Tentei ser forte...
Por um momento,
Ela estava firme...
Mas algo a fez quebrar.


Feito papel...
Ela não durou.
A chuva e o vento,
A fez novamente desabar.


Mas sempre estive lá.
Segurei suas cordas,
Voltei a amarrá-la firmemente.
Recoloquei cada pedaço solto...
Cada prego no lugar...
Mas de nada adiantou.


Me parecia tão viril...
Forte...
Decidida a ficar firme...
É certo que me enganei...


Na primeira brisa,
Ela se desfez.


Não pude mais segurá-la...
Não pude mais concertá-la...


Talvez eu não mais quisesse,
Por saber que de nada adiantaria.


Para sempre ela seria, como ela escreveu ser...
Fraca... 
Sempre tão fraca...

Um suspirar... Um fechar de olhos... Um fim...


Queria poder voltar a fechar os olhos,
E sentir que tudo está bem.
É fácil imaginar tal coisa,
Mas difícil fazê-la acontecer.

Perder algo no qual sempre prezei.
A verdade, os amigos e a justiça,
Não é uma tarefa fácil,
Tampouco deveria ser feita.
 Mas eu voltei a fechar os olhos,
Meus lábios,
Involuntáriamente, voltaram a mexerem-se.

Palavras desconexas,
Lágrimas que cortam minha  face.

Sim, eu vi seu rosto,
E o quanto fomos leais.
Agora, acho que acabou.
O companheirismo,
O amor...
A amizade.
Pra Sempre enterrada...
Como nossas almas,
Nesse oceano sem fim...
Nesse abismo escuro...
Em mentiras, agora reveladas.