quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ultimo dos não clones.

Era como se o mundo nos abraçasse de forma cruel, sufocando-nos em seu peito farto e cheio de calos.
 Sentia suas mágoas e ela me atormentavam e não me deixavam dormir.
 Eu sentia um frio cujo não conseguia explicar

 E olhava para o céu tendo a impressão de que o sol não mais apareceria.
 

E a escassez de alegria agora faz parte do meu eu.
Me vejo como o palhaço que não mais sorri e vê a máscara não mais fazer efeito.

É essa a humanidade de que tanto tenho medo.
A mesma que me fez ver que o mundo já não é o melhor lugar do mundo.
Meus contos de fadas não mais fazem sentido.
Sereias transformadas em tubarões famintos, devorando sonhos e almas ainda intocadas pelo destino cruel.



 Palavras que não mais tem a intenção de tocar... Elas não tocam mais... Não fazem sentir... Fazem chorar e urrar.
 O bom e velho amor, agora me parece tão... Brega... Ou como diria nosso rei " Tão... Demodê".


Sou a criança que pede por carinho... 
Que pede por uma mão que me afague....
Já não sou mais um anjo divino.


Sou o que chamariam de doença da sociedade.
Deslocada para longe do rebanho cego.
Para longe do "povo marcado... Povo feliz".



 Eis que sou a ultima.

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