Era como se o mundo nos abraçasse de forma cruel, sufocando-nos em seu peito farto e cheio de calos.
Sentia suas mágoas e ela me atormentavam e não me deixavam dormir.
Eu sentia um frio cujo não conseguia explicar
E olhava para o céu tendo a impressão de que o sol não mais apareceria.
E a escassez de alegria agora faz parte do meu eu.
Me vejo como o palhaço que não mais sorri e vê a máscara não mais fazer efeito.
É essa a humanidade de que tanto tenho medo.
A mesma que me fez ver que o mundo já não é o melhor lugar do mundo.
Meus contos de fadas não mais fazem sentido.
Sereias transformadas em tubarões famintos, devorando sonhos e almas ainda intocadas pelo destino cruel.
Palavras que não mais tem a intenção de tocar... Elas não tocam mais... Não fazem sentir... Fazem chorar e urrar.
O bom e velho amor, agora me parece tão... Brega... Ou como diria nosso rei " Tão... Demodê".
Sou a criança que pede por carinho...
Que pede por uma mão que me afague....
Já não sou mais um anjo divino.
Sou o que chamariam de doença da sociedade.
Deslocada para longe do rebanho cego.
Para longe do "povo marcado... Povo feliz".
Eis que sou a ultima.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
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